O deslocamento forçado e a pessoa com deficiência: acessibilidade e inclusão na perspectiva dos responsáveis diretos por venezuelanos autistas em refúgio
Palavras-chave:
refugiados venezuelanos, autismo, jornalismo humanitárioResumo
O presente artigo examina os resultados de entrevistas em profundidade realizadas no âmbito da dissertação “Venezuelanos com autismo em situação de refúgio - A abordagem interseccional do tema no jornalismo humanitário e media interventions”, que investigou a realidade de famílias venezuelanas refugiadas no Brasil com filhos autistas. O estudo focou na percepção dessas famílias sobre a cobertura jornalística relacionada à pessoa com deficiência, com ênfase no Transtorno do Espectro Autista (TEA), e na prática do Jornalismo Humanitário e media interventions. A pesquisa foi motivada pelo crescente número de deslocados forçados globalmente, com ênfase na América do Sul, onde o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) estimou 89,3 milhões de deslocados no mundo, dos quais 12 milhões são pessoas com deficiência. A metodologia envolveu entrevistas com responsáveis por crianças autistas entre 18 meses e 17 anos, nascidos no Brasil ou na Venezuela, recrutados por meio de redes sociais. O estudo utilizou entrevistas em profundidade para abordar a experiência do deslocamento forçado e os desafios da acessibilidade e inclusão para essas famílias.