A face feminina na migração “permanentemente” temporária no Estado de São Paulo
o caso das trabalhadoras da citricultura
DOI:
https://doi.org/10.48213/travessia.i78.357Palavras-chave:
Trabalhadores rurais migrantes, Migração permanentemente temporária, CitriculturaResumo
Este artigo tem como objetivo apresentar a face feminina nos processos migratórios “permanentemente” temporários (SILVA, 1992) na Região Administrativa Central do Estado de São Paulo nos anos recentes. A abordagem metodológica fundamentou-se na aplicação de técnicas qualitativas que privilegiaram entrevistas semiestruturadas e biografias migratórias com familiares de trabalhadores rurais do setor citrícola da referida região. Para tanto, foram realizadas pesquisas de campo nos municípios de São Carlos e Matão no interior paulista e Jaicós no interior piauiense. Nossa hipótese central é de que os processos migratórios alteram profundamente a posição das mulheres em relação às suas famílias e em suas comunidades de origem, lançando-as num jogo de recomposição de suas identidades sociais.